Márcio Guerra, Técnico da Cáritas de Beja, explicou que “o que pretendemos com este círculo de silêncio é sensibilizar a sociedade civil para o principal desafio que temos enquanto sociedade e comunidade em termos de direitos humanos e que tem a ver sobretudo com a inclusão de minorias e com estas questões muito relacionadas com o racismo. Não apenas em relação aos afrodescendentes, mas também às pessoas de etnia cigana. São problemas de trabalho, de escola, de habitação, de relações sociais e mesmo de racismo implícito, que de vez em quando afloram em algumas manifestações, felizmente em níveis baixos.”
Márcio Guerra acrescentou que “as entidades que compõem o círculo de silêncio também apelam para que qualquer processo de reconstrução, de reconciliação nacional só pode avançar com um comprometimento com a justiça e o respeito aos direitos humanos.”
Hoje realiza-se mais um círculo de silêncio organizado pela Cáritas diocesana de Beja em parceria com a Câmara Municipal de Beja, Rede Social, Núcleo de Beja da Rede Europeia Anti-Pobreza, Santa Casa da Misericórdia de Beja, a associação Aris da Planície e o Centro Social do Bairro da Esperança.