No momento em que se discutem as
linhas orientadoras da Política Agrícola Comum para o período 2021 a 2027, é
crucial que sejam assumidas medidas eficazes para a diminuição do uso de
pesticidas sintéticos.
Está em causa a implementação de
sistemas de produção agrícola sustentáveis, que permitam alimentar a população
europeia e, simultaneamente, melhorar as suas condições de vida.
“O que está em debate é a
sustentabilidade dos ecossistemas que dependem dos organismos que lá vivem.
Retirar os pesticidas, estamos a proteger toda a cadeia trófica, e no limite a
nós próprios e o futuro dos nossos filhos e netos”. Referiu à Planície Andreia Valente da Apis Domus.
Segundo as Associações, entre as
quais se encontra a Liga para a Protecção da Natureza referem que “Portugal não
poderá ignorar esta oportunidade de transição”.
Actualmente, é consensual a
urgência em diminuir a dependência da agricultura dos pesticidas sintéticos. O uso
excessivo de pesticidas sintéticos é o principal responsável pelo declínio das
populações de abelhas e outros insectos polinizadores, com repercussões
negativas na sustentabilidade da própria agricultura. O sobre uso de pesticidas
tem também efeitos negativos na saúde dos cidadãos, estando demonstrada a sua relação
com o aumento da incidência de doenças crónicas.
A Política Agrícola Comum possui
meios financeiros suficientes para apoiar os agricultores nesta transição e esta
pode ser vista como a última oportunidade para o fazer até 2030.