Bernardo Loff, médico e representante
da DORBE de Beja do Partido Comunista Português, em declarações à Planície diz “o
que está em causa é o SNS, num contexto de uma pandemia, cujas consequências
são imprevisíveis”.
Em termos de saúde e SNS, “através do
profissionalismo, conseguimos numa primeira onda que os efeitos não fossem tão
prejudiciais como estão agora. Por isso é necessário reforçar o Serviço
Nacional de Saúde com meios profissionais e técnicos para que se possa
novamente, voltar a uma situação anterior à pandemia”. Referiu o comunista.
O médico destaca ainda que é
necessário “reforço das Unidades
de Saúde Pública, assegurando os rácios de médicos, enfermeiros e técnicos de
saúde ambiental por habitantes, que estão estabelecidos na legislação, ou
a recuperação de consultas presenciais nos cuidados de saúde primários,
que pode ser colmatada com o alargamento dos horários de funcionamento, a
fixação de um incentivo excepcional, idêntico ao que é aplicado nos hospitais,
bem como o investimento na modernização dos sistemas de comunicações e do
equipamento informático”.
Para o PCP, a falta
de médicos de família, deve ser “combatida com o recrutamento para a
contratação de especialistas em medicina geral e familiar, a possibilidade, a
título excepcional e temporário, de contratar médicos estrangeiros e a
atribuição dos incentivos previstos para a colocação de médicos nas zonas
carenciadas aos especialistas em medicina geral e familiar em condições de se
aposentar, mas que decidam permanecer no SNS”.
Bernardo Loff deixa
um apelo “a que todos participem no protesto de hoje, porque a Saúde é um
direito de todos”.